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Resenha – Braid

Posted by leprechaundekilt em março 6, 2009

(resenha feita por mim para o FHBD e postada aqui na íntegra)

BRAID

  • Desenvolvedora: Number None (Xbox 360/PC) / Hothead Games (Mac)
  • Ano de lançamento: 2008 (XBLA) / 2009 (PC/MAC)
  • Gênero: Plataforma 2D / Puzzle
  • Jogadores: 1
  • Plataformas: Xbox 360 (XBLA), PC, Mac
  •  

    História

    Falar de Braid é extremamente fácil (como vocês verão no Gameplay abaixo), mas a história do jogo é bem mais complicada pra contar. Você controla Tim, e logo no começo do jogo percebe que vai começar tudo pelo “Mundo 2”. Antes de entrar na primeira fase de cada mundo, Tim passa por uma série de livros que contam parte de sua história ao jogador.

    O tema do jogo não poderia ser mais clichê em jogos de plataforma: Tim está à procura da Princesa, ele quer salvá-la de um “terrível monstro que a raptou” ou algo assim. Aparentemente, Tim cometeu um erro, um erro que ele quer consertar, ou melhor, ainda, apagar. Os textos do jogo são bastante ambíguos e dão margem a zilhões de interpretações diferentes, mas uma vez que em um jogo de plataforma a história nem sempre é o maior atrativo, vamos ao que interessa:

    Gameplay

    Não poderia ser mais simples, com o direcional você controla pra que lado Tim vai, com um botão pula, com outro você usa os items (alavancas) no cenário e com outro…
    …Lembram quando eu disse que Tim cometeu um erro e que, se possível, apagá-lo? Pois é, daí que parte a principal característica e atrativo do jogo: um botão é responsável por voltar no tempo. Isso mesmo, ele volta tudo o que o jogador fez até onde quiser (ou, no máximo até o inicio da fase). Isso torna Tim um herói invencível, o jogo não conta com vidas ou continues, se Tim morre, basta apertar o botão até voltar à segurança.
    Mas nem tudo são flores. Além de um plataforma, o jogo também é totalmente baseado em puzzles, e nesse caso são quebra-cabeças mesmo. Você deve coletar 12 peças de um quebra cabeças por mundo de jogo (sem elas você não tem acesso ao ultimo mundo). Mas quem disse que seria fácil?
    Cada mundo tem suas próprias características, e algumas em comum, como peças em lugares inalcançáveis, partes do cenário (e monstros) que são imunes à manipulação de tempo estão por aí a todo instante, as características de cada mundo também podem ser extremamente frustrantes às vezes. Em um mundo, andar para a direita avança e para a esquerda retorna o tempo. Em outro, toda vez que Tim volta no tempo ele projeta uma sombra de si mesmo que refaz os passos antes de manipular o tempo. Ainda há o mundo que adiciona a Tim o poder de deixar onde quiser um anel que produz um circulo ao redor dele onde tudo move-se em “bullet time”. É um jogo no mínimo curioso.
    Juntando as partes dos quebra-cabeças em cada mundo, você os monta em uma imagem, que fica exposta na “casinha” onde Tim escolhe por qual mundo vai se aventurar. São pinturas muito bonitas.
    O ultimo mundo (Mundo 1, sim exatamente) não possui peças de quebra cabeças. A ultima fase é uma das coisas mais bem pensadas que já vi num vídeo-game. Mas não vou estragar a surpresa.

    Coisas Legais

    Braid é difícil pra caramba. Diferente de outros jogos de plataforma, onde é apenas matar bichinhos e pular por aí, os puzzles de Braid conseguem desafiar a gente por muito tempo. Atravessar os mundos é fácil, mas pra chegar até o Mundo 1 você precisa juntar todas as peças e isso é muito desafiador.
    Braid não possui puzzles repetidos, cada desafio é único e isso é extremamente excitante num jogo desse, pois mantém o jogador no clima até o final.
    Braid também é belo. Sério. É um jogo lindo. Os personagens e o cenário parecem pinturas (e devem ser mesmo) e a música do jogo é algo a se comentar também. Perfeita. Quem é fã de Luar Na Lubre vai perceber que tem até O Son do Ar misturado na música do jogo. A música também ajuda na imersão do clima do jogo, tudo casou perfeitamente.

    Epilogo

    Um jogo com história confusa, mas ainda assim interessante, um plataforma clichê mas ainda assim desafiador. Braid é extremamente inovador. Apesar do conceito de manipulação de tempo não ser novidade nenhuma nos vídeo-games, a forma como Braid concebeu tudo torna um jogo extremamente agradável de se jogar e viciante. Você QUER jogar até o fim. Recomendo para pessoas que gostam de quebrar a cabeça algumas horas na mesma fase, vale muito a pena conseguir todas as peças.
    Braid foi lançado ano passado na Live Arcade do Xbox 360. No final desse mês terá sua versão de PC liberada (e de Mac também, acho). A resenha é pra tentar despertar curiosidade no pessoal que ainda não jogou. Quem tem Xbox 360 e ainda não baixou a versão de avaliação, baixe agora e jogue a demo de graça.

    Videozinho

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